quarta-feira, 5 de junho de 2013

a gente sente

Como diz minha grande amiga Ingrid “acho que a gente meio revolucionário vive tudo muito intensamente”... 
Assim me parece ser, e aí a alegria que era simples, é muito mais que a simplicidade dela mesma...
A dor idiota parece a angustia mais profunda que você já teve, mesmo sabendo que já viveu coisas bem piores... mas naquele momento você sente bem mais do que deveria sentir.
E aí quando você ama, é de corpo e alma, e quando vê que não está sendo capaz de fazer isso, entra numa puta crise, por não amar do jeito que deveria ser, mesmo que no dia seguinte você assim o faça.
Me parece que o sorriso, a canção, a literatura, é tudo em dobro.. tudo transborda
Abraçar se torna condição de existência...
E você daria tudo para ter ao seu lado sempre aquelas pessoas que contribuíram pro teu processo... que instigaram a pensar... a construir, a querer ser...
A sinceridade é sempre ela, e você fala tudo sobre sua vida pra alguém que nem conhece, mas que tem como companheiro... correndo o risco de ser rotulada depois de uma conversa, ou não, pois você também corre o lindo risco de encontrar verdadeiros companheiros
A gente que é assim, não sei, mas é assim...
E aí qualquer movimento, mesmo que não o seja se torna uma traição que nunca existiu....
Viver intensamente os sentimentos é bom em quase todos os momentos, mas ao mesmo tempo, te devora tanto por dentro... Tanto que você nem precisa dizer ao outro o que sente, pois o outro sempre sabe... é incrível
Que até queria chegar a uma conclusão sobre isso... mas não tem como, pois minha vida será sempre constante e inconstante, não tem como ser diferente, já descobri a merda que é o mundo, a lindeza que são as pessoas..
Não tem como retroceder, então nesse exato momento o que resta é curtir a dor intensamente, pois sei que logo poderei sorrir... e vai ser sempre assim, a negação da negação, a dialética.

(Ellen)

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