domingo, 22 de junho de 2014

Dilacerando-me

Dilacerado como uma pétala de rosa quando atingida por rajadas de vento
Afogado em lágrimas que não cessam e não se exteriorizam, mas derramam por dentro
Dilacerado pela má vontade de sorrir, pela dor que causa essa triste e doce saudade
Uma solidão que não se vai, e que o corta em pedaços dia após dia
É esse duplo sentimento que não se sente, que engraçado, sentimento mal sentido.
Dilacerado com a dor que perturba os sonhos, domina os pensamentos e não deixa prosseguir
Ah, se houvesse um único canto no mundo que acalmasse esse coração, seria lá que estaria, mesmo que desprendido do restante do corpo
Mas se esse não há, ficará aqui, guardado debaixo do cobertor, sobre os reflexos da luminária que acompanha a tentativa de dilacerar-me em livros para esquecer de quem fui e lembrar de quem quero ser. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Nem sempre podemos fazer o que sonhamos ou realizar os desejos mais íntimos e profundos da alma. Mas, podemos nos encantar com a beleza e encantamento do que sentimos, pensamos ou sonhamos. Na verdade, é isso que nos impulsiona a seguir em frente, mesmo a realidade posta ser formada de empecilhos e obstáculos para conquistá-los. Simples assim... na escuridão não podemos nos extasiar com o abrir das pétulas de uma flor, mas... é-nos possível sentir o seu perfume...