Abandonada no meu eu
Do próprio sentir que perdi
Daquilo que sonhei e nunca pisei
Abandonada nos meus medos
Medo do corpo que é e já me é estranho
Da forma que o modela
Do confundir-se com o estapeado
De misturar tanto até ficar daltônica
Medo do abandono de mim mesma?
Das contradições que enlouquecem
Das paixões que não amadurecem
Dos amores quando não crescem
Medo do que sou quando me vejo ou não
Gritando tão eternamente a mesma coisa
Da busca incessante do que não existe
Abandonada no eu de loucuras que habito!
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