domingo, 19 de abril de 2015

o não-poema


Pela ousadia de não mais deixar-me te decifrar no papel
Por abandonar minha nostalgia e sair perdido em versos que não resgato
Pego o apanhador de sonhos para ver se te recupero
Mas não queres!
Assim tu te vai
Segue mesmo sem ter nascido
Desenha na frustração de uma noite chuvosa
Te recrias, quem sabe até te encontras
Eu tampouco sei, pois não pude te conceber
Segues perambulando, te perdes entre uma letra e outra
Uma sintonia te bastaria
Mas já não posso te oferecer
Assim se vai o meu poema, que não criei
Mas o que são os poemas senão a ousadia de ser?!

(Ellen)

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