quinta-feira, 3 de julho de 2008

Máquinas Humanas



Bem como sabemos, nosso país apresenta alto índice de desemprego, e ao mesmo tempo que isso é comprovado existem várias pessoas que trabalham longas jornadas. Com o intuito de melhoria, em 2001 as centrais sindicais brasileiras decidiram unificar uma campanha pela Redução da Jornada de Trabalho (RJT). O termo em pauta é: a diminuição da jornada de trabalho sem a redução de salário.
A redução da jornada gera empregos de qualidade, tendo em vista que a longa jornada induz a doenças, como: depressão, estresse, além de lesões causadas pelos movimentos repetitivos, porém o mais convincente de todos os argumentos é: a RJT gera mais empregos. Fica comprovado que com a redução de 44 horas para 40 horas semanais gera-se em torno 2.252.600 novos empregos, além do mais, o custo de salário no peso total de produção é baixo e a produtividade de trabalho no Brasil mais que dobrou nos anos 90. Assim apresenta-se uma redução geral de 9,09% que implicaria em um aumento de custo total de 1,99%.
Obtendo uma visão mais ampla do mesmo, a RJT geraria mais empregos, assim mais pessoas teriam condições de consumir, o que facilitaria no crescimento de vendas e assim um aumento de produção, com esse aumento de produção o número de desempregados automaticamente diminuiria. Ou seja, gera mais empregos, maior número de vendas, onde os empresários também saem obtendo lucro, e completando esse ciclo, um grande avanço na economia nacional.
Cita-se em um texto que:
“Os primeiros anos do século XXI mostraram um ganho de produtividade de 27%, ou seja, a produtividade continua crescendo sem que os trabalhadores e a sociedade como um todo tenham a retribuição a que seu trabalho faz jus.”
O custo com salários no Brasil é um dos mais baixos do mundo, a Coréia do Sul é um dos países que mais se aproxima do Brasil no valor da mão de obra, sendo que na Coréia do Sul esse valor permanece em 13,6 enquanto que no Brasil é de 4,1.
Nós que fazemos a produção, sem o proletariado as indústrias não funcionariam. Será que não esta na hora desses conceitos serem revistos, e mudar essa forma de distribuição de lucros que dificilmente vem para nós?
Existe a possibilidade de a RJT se realizar sem nenhum prejuízo, então por que não o fazer? Esta na hora de trabalharmos para nós e não simplesmente enriquecer a elite e a economia do país, sendo que da forma qual a situação se encontra, sabemos que não temos nenhum retorno desse capital.
“É constrangedor aceitar que somos vistos apenas como máquinas. É triste admitir que somos peças fundamentais, porém tão pouco valorizados.É decepcionante saber que sou uma máquina humana.”

(Ellen Caroline)

3 comentários:

Anônimo disse...

O que está acontecendo? A máquina está substituindo o ser humano ou o ser humano está se tornando uma máquina?

Adorei seu blog. Visite o meu.
www.cs.camila.blog.uol.com.br

Beijão querida

Rodrigo PJoteiro disse...

bem assim mesmo ...

mais somos humanos e temos que lutar pela nossa humanizacao ...

bjus lindaaaaaaaaaaaaa

Anônimo disse...

Saudações, Ellen!

Fiquei surpreso agora. Entrei esperando um texto literário e deparo-me com um de base jornalística-científica!...
É muito bom que tenhas essa "diversidade" textual.
Homem-lata em produção indistrial..., livremo-nos, pois, todos de tal possibilidade.

Beijos!