modalidade de Discurso / Técnica utilizada no curso de Retórico com Prf.º Saut - CREIA
Tenho
a alegria de lhes trazer o pensamento de um magnífico poeta, afinal, mais do
que isso, o maior revolucionário da América Latina. Ernesto Che Guevara lutou
pela causa movido por sentimentos de amor, e em meio suas caminhadas, nos
deixou pensamentos, que se tornaram inspiração para os que acreditam em uma
sociedade mais justa. Ele afirma que “os
poderosos podem deter uma, duas, ou até três rosas, mas jamais conseguirão deter
a primavera”.
Este
pensamento reafirma a força do povo. A luta social deve estar calcada na utopia
de cada revolucionário, contudo, estes devem construir a revolução juntos,
através da coletividade. Não basta um querer individual, afinal, a burguesia
tem boas ferramentas para se manter no poder e cooptar a população. Por tanto,
o que nos cabe é proliferar a ideia do bem comum, para que o povo lute por seus
interesses e acredite no potencial desta luta. Um operário sozinho não faz
greve, no entanto, toda uma fabrica parada, dá prejuízos ao patrão. É
preciso que todos abarquem esse sentimento de mudança, que sintam essa vontade
pelo bem comum. Pois que, se queremos uma justa distribuição de renda, acesso a
saúde, a lazer, se pensamos na educação para todos, na defesa de direitos
humanos e ambientais, temos que ter a plena consciência que só o ocorrerão com
um novo modelo societário, esse modelo será vigente apenas no dia que o povo
tomar consciência de sua importância e por ele revolucionar, ações isoladas não
mostram resultado. Caso
continuemos com o sistema capitalista, teremos apenas retrocessos, pois guiado
pela lógica neoliberal, o Estado vai continuar privatizando os serviços
públicos; a educação nunca será de acesso a todos; a criminalização irá
proliferar por falta de opção; caso não façamos nada para mudança continuaremos
assistindo de braços cruzados a guerra que é o cotidiano de nosso povo, com
péssimas condições de trabalho e baixos salários; com crianças passando fome,
sem acesso a moradia e lazer. Impossível?
Isso é o que a hegemonia fala. A verdade é que quando o povo organizado entra
em cena, eles se sentem ameaçados. Há quem diga que não. Mas então questiono,
se não é verdade porque usam da repressão quando o povo vai para as ruas? Por
que tivemos ditadura militar? Bom, se a coletividade não tivesse força,
certamente não teríamos a revolução francesa, em torno de 1700, onde os
burgueses – na época explorados pelos feudais, travaram uma luta que os tirou
da condição de explorados. Se a maior arma contra o capital não fosse o povo,
com certeza a Comuna de Paris não teria acontecido - os proletários não teriam
tomado o poder de um país. Leonardo
Boff, quando lutou pela teologia da libertação, era um ser
questionando a igreja. Posteriormente a teologia da libertação se tornou um
movimento, e certamente se todo o clero tivesse com ele no início de sua luta,
ele não teria sido expulso da igreja. Concluo
meu discurso na esperança de que todos reflitam sobre essa força que é o povo,
e para instigar o pensamento de possíveis revolucionários, trago Karl Marx,
qual afirma que “uma ideia torna-se força material, quando ganhamos as massas
organizadoras”.
(Ellen Caroline Pereira)
(Ellen Caroline Pereira)
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