quarta-feira, 25 de abril de 2012

Onde está nossa primavera?


modalidade de Discurso / Técnica utilizada no curso de Retórico com Prf.º Saut - CREIA


Tenho a alegria de lhes trazer o pensamento de um magnífico poeta, afinal, mais do que isso, o maior revolucionário da América Latina. Ernesto Che Guevara lutou pela causa movido por sentimentos de amor, e em meio suas caminhadas, nos deixou pensamentos, que se tornaram inspiração para os que acreditam em uma sociedade mais justa. Ele afirma que “os poderosos podem deter uma, duas, ou até três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”.
 Este pensamento reafirma a força do povo. A luta social deve estar calcada na utopia de cada revolucionário, contudo, estes devem construir a revolução juntos, através da coletividade. Não basta um querer individual, afinal, a burguesia tem boas ferramentas para se manter no poder e cooptar a população. Por tanto, o que nos cabe é proliferar a ideia do bem comum, para que o povo lute por seus interesses e acredite no potencial desta luta. Um operário sozinho não faz greve, no entanto, toda uma fabrica parada, dá prejuízos ao patrão. É preciso que todos abarquem esse sentimento de mudança, que sintam essa vontade pelo bem comum. Pois que, se queremos uma justa distribuição de renda, acesso a saúde, a lazer, se pensamos na educação para todos, na defesa de direitos humanos e ambientais, temos que ter a plena consciência que só o ocorrerão com um novo modelo societário, esse modelo será vigente apenas no dia que o povo tomar consciência de sua importância e por ele revolucionar, ações isoladas não mostram resultado. Caso continuemos com o sistema capitalista, teremos apenas retrocessos, pois guiado pela lógica neoliberal, o Estado vai continuar privatizando os serviços públicos; a educação nunca será de acesso a todos; a criminalização irá proliferar por falta de opção; caso não façamos nada para mudança continuaremos assistindo de braços cruzados a guerra que é o cotidiano de nosso povo, com péssimas condições de trabalho e baixos salários; com crianças passando fome, sem acesso a moradia e lazer. Impossível? Isso é o que a hegemonia fala. A verdade é que quando o povo organizado entra em cena, eles se sentem ameaçados. Há quem diga que não. Mas então questiono, se não é verdade porque usam da repressão quando o povo vai para as ruas? Por que tivemos ditadura militar? Bom, se a coletividade não tivesse força, certamente não teríamos a revolução francesa, em torno de 1700, onde os burgueses – na época explorados pelos feudais, travaram uma luta que os tirou da condição de explorados. Se a maior arma contra o capital não fosse o povo, com certeza a Comuna de Paris não teria acontecido - os proletários não teriam tomado o poder de um país.     Leonardo Boff, quando lutou pela teologia da libertação, era  um ser questionando a igreja. Posteriormente a teologia da libertação se tornou um movimento, e certamente se todo o clero tivesse com ele no início de sua luta, ele não teria sido expulso da igreja. Concluo meu discurso na esperança de que todos reflitam sobre essa força que é o povo, e para instigar o pensamento de possíveis revolucionários, trago Karl Marx, qual afirma que “uma ideia torna-se força material, quando ganhamos as massas organizadoras”.       




(Ellen Caroline Pereira)


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