quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mesmo que não falem, eu preciso ouvir!




“Medo, medo de que esta causa seja apartada,
Sonhos se respingam pelas paredes de um quarto...
Eles não ultrapassam essas pinturas cheias de frestas...
A utopia então se esbarra neste pequeno espaço...
Que de tão grande o sonho, se torna tão pequeno...
Uma única vontade: ver as crianças de nosso amado
País sorrindo incessantemente....
Ver os adolescentes fazendo história...
Porque é esta uma causa que me comove tanto?
Talvez por ter sido criança e quem sabe uma eterna adolescente...
E novamente as lembranças retornam, e eu fico aqui, paralisada, sem saber por onde começar, nem por qual meio fazer...
Mas o sonho está bem ali...
No cantinho do chão, no cheiro do travesseiro, no calor da colcha...
Sonho que permeia as veias e faz pulsar o coração, tão distante e tão perto ao mesmo tempo...
A razão não existe, mas as lágrimas correm quando penso que em qualquer canto do País, neste exato momento, alguém chora por socorro, pois ainda não sabe gritar...
Tão pequenos que nem falam, tão pequenos e já sofredores.”

(Ellen Caroline Pereira)

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