São
sempre vazias,
Mas
pela segunda vez a proposição de descrever
Para
falar desse todo que cabe
Do
espaço que falta
E
do vazio que se transforma.
Cabe
dentro do amor
Da
orquestra
Vazio
de forma responsável e sutil
Vazio
de enlouquecer e fazer doer
Vazio
de não saber preencher.
Até
quando o grito sufoca
Até
quando o discurso acaba
Até
onde se pode dizer.
O
vazio do outro
O
cheio da noite
O
vazio do som
O
cheio do ar
O
vazio da solidão
O
cheio da paixão.
Até quando se pensa que se pode ser o que se
pretende a partir de uma individualidade que por vezes parece necessária?
A descoberta dos vazios das noites é de que nada
somos sem o calor de tudo aquilo que evitamos.
(Ellen Caroline)
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