Vontade de fazer poema e versos de passos cantados
Vontade de fazer enigmas de segundos no quarto
E render-se aos encontros
inusitados.
Levar as mãos ao alto pra cair o
vestido
Despir-se sem pudor em meio aos corpos envolvidos
Calar a boca com beijos roubados e devolvidos
Num trânsito dialético de toques
nada retraídos
Num breve gemido, selados e herméticos
Rimos dos corpos confundidos e dos desejos contemplados
depois de tantos (des)encontros subsumidos
Submetidos às nuances dos nudismos nas faces rubras
Cubra sua vergonha de vontade e volte a vir comigo
Apago meus rastros e vou,
É arriscado demais não sair à dançar poemas nus contigo.
(Ellen Caroline e Thálion Mibielli)