quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Canto da Boêmia



Quando enfim escuto o ranger da boemia, percebo que nada aqui é tão igual,
Ela parece-me estar distante demais para os passos tão sofridos daqueles que um dia lutaram
Pensamentos se confundem diante de uma liberdade que jamais existiu
Eu só queria ouvir aquela música, pois quando as cordas do cavaquinho se confundem, parecem deslembrar o despotismo daqueles dias tão iguais àquelas grandes guerras
Quem sabe o ritmo provido daqueles versos tenha sido alento para continuar na conquista da causa
Então se gritava pela reforma agrária faltante...
A fumaça do charuto era alimento nas vivendas de debates
A poesia fugida dos escritores pareciam labaredas de provocação
O discurso do povo representava o anseio de equidade para esta humilde nação
Tão obstante, não faltou coragem...
No entanto sonhos foram dizimados...
As canções perderam a oralidade, as falas foram roubadas, o povo foi atacado...
A luta não se perdeu, mas é necessário altercar com o mercado a aderência do povo aos movimentos
Aquela boêmia, e a ousadia do povo um dia farão querela no país.


  (Ellen Caroline Pereira)

Nenhum comentário: