É nesse pequeno espaço que meu mundo se confronta
É como se arrostasse contra aquilo que nunca soube
Alguns parecem afortunados, outros nostálgicos
E é apenas aqui que se pode observar a destreza de cada qual
Em um espaço limitado, tanto quanto minha vida, é que posso
cessar para cogitar minhas angustias
Pretendia nunca saber para não ser
Contudo não pude não saber
Vejo agora corações que sangram do cansaço
Abastecidos de uma vida tão medíocre
Desconsolados com a inópia de oportunidade
Essa é a minha demência
Nenhum ser vivo pensante poderia ter roubado meus
insignificantes sonhos
Estou indigesta com o que meus olhos descobrem
O episódio se reproduz diariamente, não obstante, nenhum
desses diais é igual...
Assim me perco na sentença, de ter todos os dias que cogitar
as mesmas indagações. Estes questionamentos que me deterioram e me determinam a
viver...
...Tudo isso, no ônibus das seis!
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