quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Dúvida
Quanto mais nos encontramos nos perdemos.. e a contradição se perfaz nessas coisas tão simples e ao mesmo tempo tão importantes! Hoje, cheia de vontades de fazer diversas coisas que nem tenho vontade.. ainda assim nesse complexo de complexidades me encontro num toque do desencontro e percebo que nada sei dessa realidade.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
exagero
daí eu pensei que ainda pudesse ser incessantemente a pessoa que mais te amaria
e acreditei que as palavras fossem apenas versos, simples de serem recitados
e sonhei com aquilo que nem fui capaz de sentir, mas só pra entender o sabor do sentido
então deparei-me com algo estranho que não era nem eu, nem você, nem ninguém...
deparei-me com a crueldade do mundo que vivemos.
Perco-me
Ao me enlouquecer com aquela dose
Serei eu tão insana ou o local qual habito tão inconsequente?
E arrasto as frustrações por um cordão de ferro
Para ter a plena certeza que não me fugirão
Sigo desolada pra um lugar que não existe, mas eu sei que me
espera
Então as lágrimas decorrem de coisas estranhas, e os podres
sentimentos enaltecem cada vez mais...
Sou eu apenas mais uma no meio de algo que chamam de
sociedade
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
a poeta
A poesia se perdeu em lábios que não conseguiram
dizer,
Antes mesmo que ela nascesse houveram dúvidas e
angústias...
Estas a fizeram tão inerte que foi impossível
subscrevê-la,
E hoje, de um poema que não existe, de uma dúvida
presente, de angústias constantes,
e inquietações expressas no olhar do povo brasileiro...nasce
o único sentimento que teria surgido da tão sonhada poesia.
Entre linhas não foi possível subscrever toda pretensão
de justiça impregnados em quem pensou no verso, porém, sem começar ela termina
por dizer que “quando a causa está para além dos interesses egoístas de um
sistema capitalista e calcada na luta
por uma sociedade de justiça, aí sim, vale a pena viver”.
domingo, 28 de outubro de 2012
As coisas geram meu contrário
me preocupo por não se preocuparem... me incomoda o não se incomodar, me acomoda o acomodar! Tudo é complexo e o complexo é complexidade, então como fazemos? O que me tenta fazer movimentar é muito mais que um sonho, é uma possibilidade! Vou continuar cogitando, pra continuar tentando um certo movimentar!
(Ellen Caroline Pereira)
(Contribuição do Titulo: Davi Perez)
(Contribuição do Titulo: Davi Perez)
domingo, 23 de setembro de 2012
lembranças
ah, eu devo querer alcançar um infinito que não existe
e quero fazer uma poesia nada perfeita...
queria voar na água e nadar no céu..
nesse lindo dia de sol... lembro-me da recente infância... do café com sal...
do casaco rosa... da varanda com a vista para paisagem mais extraordinária que conheci, aquela que pude brincar quando criança!
Lembro do desenho dos morros, do carrinho de rolimão... das folhas secas..
da casinha na árvore que sempre sonhei..
da salada de frutas apenas com goiaba e açucar...
da lagoa e dos peixes imaginários..
Com o tempo alguém disse-me que não poderia mais brincar na patrola do Tonhão, nos fins de tarde, como sempre fazíamos para nos esconder..
Depois de certos dias e agarrada a uma idade parei de banhar-me nas cachoeiras que surgiam das chuvas...
Alguém resolveu cortar as árvores de goiaba e secar a lagoa...
os morros já não tinham o verde de antes...
e a humanidade construiu sobre minha infância feios cinzas de concreto!
(Ellen Caroline)
e quero fazer uma poesia nada perfeita...
queria voar na água e nadar no céu..
nesse lindo dia de sol... lembro-me da recente infância... do café com sal...
do casaco rosa... da varanda com a vista para paisagem mais extraordinária que conheci, aquela que pude brincar quando criança!
Lembro do desenho dos morros, do carrinho de rolimão... das folhas secas..
da casinha na árvore que sempre sonhei..
da salada de frutas apenas com goiaba e açucar...
da lagoa e dos peixes imaginários..
Com o tempo alguém disse-me que não poderia mais brincar na patrola do Tonhão, nos fins de tarde, como sempre fazíamos para nos esconder..
Depois de certos dias e agarrada a uma idade parei de banhar-me nas cachoeiras que surgiam das chuvas...
Alguém resolveu cortar as árvores de goiaba e secar a lagoa...
os morros já não tinham o verde de antes...
e a humanidade construiu sobre minha infância feios cinzas de concreto!
(Ellen Caroline)
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
quem me ensinou a ser assim?
a minha mãe é a pessoa mais maravilhosa desse mundo. Quando me emociono ao falar de minhas angustias ou de minhas alegrias, ela vibra comigo como se fosse com ela.. e com todas as minha revoltas, ela me olha e diz que ta orgulhosa de mim.. sem eu ter feito nada. Ontem deveria ter dito a ela "que com certeza tenho esses sentimentos porque ela me ensinou a amar" eu descobri que mesmo sem saber, minha mãe é revolucionária da luta cotidiana, que também é capaz de se indignar com as injustiças do mundo, e com certeza o amor incondicional a causa, é parte do amor incondicional que ela me dá todos os dias!
vontade de gritar pelo mundo
explode dentro de mim essa vontade de outro mundo. Depois que descobrimos a realidade que se desvela atras da pintura maquiada do capitalismo, digo que é impossível ser a mesma pessoa... Diria que fechar os olhos para a existência de classes é agredir a possibilidade de mudança! Penso que deveríamos ser um todo, cheios de força para lutar..
domingo, 17 de junho de 2012
"Educar
para chegar a Civilização do amor"
“Ou os estudantes se identificam com o
destino de seu povo, sofrendo com ele a mesma luta, ou se dissociam de seu povo
e, nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo."
(Florestan Fernandes)
O tema escolhido para a Paródia do Festival da Canção – FECAN tem como
base a Semana do Estudante de 2012. A partir desta atividade permanente da PJ
Nacional, delimitamos o assunto que ficou definido como "Educar para chegar a Civilização do amor". Assim sendo,
este texto tem por objetivo, subsidiar os grupos de jovens na construção da Categoria
Paródia, apontando possíveis debates que podem “aparecer” na construção das
letras.
Quando falamos em educação, nosso
debate pode tomar diversos rumos. Um deles é pensar em como se dá a prática do
educar. Existe uma relação hierárquica entre professor e aluno, na qual o
estudante, por vezes, é simples objeto de obtenção de conhecimento. Contudo, se
partirmos da perspectiva de Paulo Freire, ensinar não é a transferência de
conhecimento, e sim a troca de conhecimentos, onde professor e aluno ensinam e
aprendem ao mesmo tempo. Neste sentido, é primordial esse debate, pois à medida
que os estudantes ensinam e aprendem eles também criam, e ao criar, se formam
enquanto cidadãos críticos. A verdade é que a educação ainda serve como instrumento
do Estado, na ideia de reproduzir cidadãos que se enquadrem num padrão, e não
de que os estudantes tenham uma postura crítica, questionando a realidade.
Além das dificuldades enfrentadas no
caráter pedagógico, outros fatores impedem uma educação de qualidade,
relacionados às diversas precariedades, como: falta de profissionais
qualificados; baixos salários aos professores; infraestrutura inadequada (muitas
vezes essas não comportam o número de alunos, ou mesmo, não são adaptadas às pessoas
com necessidades especiais); falta de 2º professor em turmas que têm alunos com
necessidades especiais, entre outros.
Além desses aspectos, outro fator
intrigante é o modo como se dão as relações sociais nos ambientes escolares. Nestes
espaços as desigualdades sociais estão presentes e se refletem nos modos de
socialização entre os próprios alunos. Muitos são excluídos dos grupos de
amizade por fatores econômicos, de ordem étnica ou cultural. Para tal fator não
existe “responsável”, pois este é um problema de ordem estrutural – ou seja,
resultante da forma qual a sociedade se organiza - no entanto, a partir do
momento que se trabalharem essas problemáticas dentro dos próprios ambientes
escolares, certamente pode haver uma mudança nas relações.
Ao falarmos em educação, não podemos
deixar de lado a dificuldade de acesso ao ensino superior, mediante as poucas
universidades públicas e consequentemente ao número limitado de vagas,
inviabilizando a “entrada” da população de baixa renda - considerando também de
forma crítica - os critérios para o
processo de escolha, que limitam o saber a meras “provas”, desconsiderando todo
o contexto que o indivíduo vive, bem como, a base “capenga” que temos nos
ensinos fundamental e médio.
Talvez, um dos grandes nortes seja
reivindicarmos uma educação pública de qualidade, que proporcione aos
estudantes a possibilidade de criar e reinventar, de serem protagonistas do
espaço de ensino, que ofereça a estes além do que está disposto na grade
curricular. Não podemos mais admitir uma educação que prepare apenas para o
mundo “profissional”, temos que ousar por uma educação que instigue a constante
descoberta do saber, que vai muito além do saber profissional, abrange a
cultura, o debate, os espaços de trocas de ideias...
Por
fim, questionamos qual educação queremos? É esse modelo educacional que
contribuirá para que alcancemos a Civilização do Amor? É necessário indagarmos
sempre, e ter plena consciência de que uma educação despida das situações
apresentadas pode ser o caminho para alcançarmos um mundo mais humano. É na
opção pelos pobres que traçamos nossa caminhada de Pastoral da Juventude, e ao
indagarmos a estrutura vigente, pensando possíveis mudanças, nos tornamos
protagonistas para construção de uma nova realidade. Educar para a Civilização do Amor, é um dos meios mais humildes de
se alcançar essa utopia que alimenta nossa caminhada, no entanto, só será
possível a partir do momento que enquanto estudantes, ou “pejoteiros” unirmos
forças para alterar as condições impostas pelo sistema que vivemos, tão
presente na vida da nossa juventude, que quer, sonha e luta por dias melhores,
pois que, seguimos o Cristo que questiona, e não fica indiferente frente às
injustiças sociais.
Pastoral da Juventude da Diocese de Blumenau
Escrito por: Ellen
Caroline Pereira
Blumenau, junho de 2012.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Era para ser simples
eu queria que ele tocasse uma música só para mim...
eu queria que me desse uma rosa bem vermelha do jardim, naquele dia que já passou...
eu queria uma carta escrita a mão, em uma folha de papel amarelada para me relembrar dos velhos tempos que não vivi...
eu queria uma poesia feita em um rascunho no cantinho do papel...
é tão simples, eu só queria as coisas mais simples que me fariam muito feliz se acontecessem.
Mas como posso ser tão egoista.. se você não quer, como posso querer? Então penso que nossos amores, mesmo sendo nossos amores nem sempre são as pessoas quais vamos estar apaixonados o resto da vida... Independentemente o amor é mais importante.. e sei que sempre vou te amar.
(Ellen Caroline)
eu queria que me desse uma rosa bem vermelha do jardim, naquele dia que já passou...
eu queria uma carta escrita a mão, em uma folha de papel amarelada para me relembrar dos velhos tempos que não vivi...
eu queria uma poesia feita em um rascunho no cantinho do papel...
é tão simples, eu só queria as coisas mais simples que me fariam muito feliz se acontecessem.
Mas como posso ser tão egoista.. se você não quer, como posso querer? Então penso que nossos amores, mesmo sendo nossos amores nem sempre são as pessoas quais vamos estar apaixonados o resto da vida... Independentemente o amor é mais importante.. e sei que sempre vou te amar.
(Ellen Caroline)
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Afinal, a luta não é a mesma??
"Se lutar é preciso, lutaremos! O que não se pode é perder a sensibilidade do porque lutamos! É fundamental que nossos princípios sejam guiados pelo bem maior que é a luta de classes, e jamais pelas convicções pessoais: do que cada qual acha que é melhor! O respeito pelos companheiros é essencial, pois nessa luta estamos para somar e não desconstruir... Dessa forma, penso que, a realidade é fato, a contradição entre capital x trabalho existe e é expressa diariamente na vida de um povo que sofre e vive essa desigualdade... O que nos resta é travar uma luta unica, guiada pela causa, apenas pela causa!!!!!!!!!!!!! "
(Ellen Caroline)"
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Onde está nossa primavera?
modalidade de Discurso / Técnica utilizada no curso de Retórico com Prf.º Saut - CREIA
Tenho
a alegria de lhes trazer o pensamento de um magnífico poeta, afinal, mais do
que isso, o maior revolucionário da América Latina. Ernesto Che Guevara lutou
pela causa movido por sentimentos de amor, e em meio suas caminhadas, nos
deixou pensamentos, que se tornaram inspiração para os que acreditam em uma
sociedade mais justa. Ele afirma que “os
poderosos podem deter uma, duas, ou até três rosas, mas jamais conseguirão deter
a primavera”.
Este
pensamento reafirma a força do povo. A luta social deve estar calcada na utopia
de cada revolucionário, contudo, estes devem construir a revolução juntos,
através da coletividade. Não basta um querer individual, afinal, a burguesia
tem boas ferramentas para se manter no poder e cooptar a população. Por tanto,
o que nos cabe é proliferar a ideia do bem comum, para que o povo lute por seus
interesses e acredite no potencial desta luta. Um operário sozinho não faz
greve, no entanto, toda uma fabrica parada, dá prejuízos ao patrão. É
preciso que todos abarquem esse sentimento de mudança, que sintam essa vontade
pelo bem comum. Pois que, se queremos uma justa distribuição de renda, acesso a
saúde, a lazer, se pensamos na educação para todos, na defesa de direitos
humanos e ambientais, temos que ter a plena consciência que só o ocorrerão com
um novo modelo societário, esse modelo será vigente apenas no dia que o povo
tomar consciência de sua importância e por ele revolucionar, ações isoladas não
mostram resultado. Caso
continuemos com o sistema capitalista, teremos apenas retrocessos, pois guiado
pela lógica neoliberal, o Estado vai continuar privatizando os serviços
públicos; a educação nunca será de acesso a todos; a criminalização irá
proliferar por falta de opção; caso não façamos nada para mudança continuaremos
assistindo de braços cruzados a guerra que é o cotidiano de nosso povo, com
péssimas condições de trabalho e baixos salários; com crianças passando fome,
sem acesso a moradia e lazer. Impossível?
Isso é o que a hegemonia fala. A verdade é que quando o povo organizado entra
em cena, eles se sentem ameaçados. Há quem diga que não. Mas então questiono,
se não é verdade porque usam da repressão quando o povo vai para as ruas? Por
que tivemos ditadura militar? Bom, se a coletividade não tivesse força,
certamente não teríamos a revolução francesa, em torno de 1700, onde os
burgueses – na época explorados pelos feudais, travaram uma luta que os tirou
da condição de explorados. Se a maior arma contra o capital não fosse o povo,
com certeza a Comuna de Paris não teria acontecido - os proletários não teriam
tomado o poder de um país. Leonardo
Boff, quando lutou pela teologia da libertação, era um ser
questionando a igreja. Posteriormente a teologia da libertação se tornou um
movimento, e certamente se todo o clero tivesse com ele no início de sua luta,
ele não teria sido expulso da igreja. Concluo
meu discurso na esperança de que todos reflitam sobre essa força que é o povo,
e para instigar o pensamento de possíveis revolucionários, trago Karl Marx,
qual afirma que “uma ideia torna-se força material, quando ganhamos as massas
organizadoras”.
(Ellen Caroline Pereira)
(Ellen Caroline Pereira)
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Descoberta
"Então quando os olhos relutarem, enxergaremos que nada pode ser mais belo que a descoberta...
Descoberta? ... de um singelo sorriso, incrivel beijo, instigante fala, inquietante movimento!
Talvez seja essa a trama mais fantástica da vida, não o sabemos porque, mas estamos sempre em processo de descoberta! E poder descobrir no outro o alimento para seus saberes, é algo magnifico"
(Ellen)
Impotência do humano
Me vejo tão estagnada diante dos sonhos ..
De todas as angustias a maior delas é ter a sensação de ter nascido no lugar e tempo errado
Isso é tão forte que seria capaz de largar as condições mais exatas que me cabem para buscar algo que nem sei o que é, mas que existe....
Buscar algo para completar um eu que nem existe diante de uma utopia tão flagelada... talvez seria a experiência mais absurda, no entanto, a única que acalmaria a fúria de vontades existentes neste humilde ser!
Cotidianizar...
Mesmo que não falem, eu preciso ouvir!
“Medo, medo de que esta
causa seja apartada,
Sonhos se respingam pelas
paredes de um quarto...
Eles não ultrapassam essas
pinturas cheias de frestas...
A utopia então se esbarra
neste pequeno espaço...
Que de tão grande o sonho,
se torna tão pequeno...
Uma única vontade: ver as
crianças de nosso amado
País sorrindo
incessantemente....
Ver os adolescentes fazendo
história...
Porque é esta uma causa que
me comove tanto?
Talvez por ter sido criança
e quem sabe uma eterna adolescente...
E novamente as lembranças
retornam, e eu fico aqui, paralisada, sem saber por onde começar, nem por qual
meio fazer...
Mas o sonho está bem ali...
No cantinho do chão, no
cheiro do travesseiro, no calor da colcha...
Sonho que permeia as veias e
faz pulsar o coração, tão distante e tão perto ao mesmo tempo...
A razão não existe, mas as lágrimas correm quando penso
que em qualquer canto do País, neste exato momento, alguém chora por socorro,
pois ainda não sabe gritar...
Tão pequenos que nem falam,
tão pequenos e já sofredores.”
(Ellen Caroline Pereira)
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